A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

São pelo menos dois os ingredientes que fazem com que a Cotribá, no noroeste do Estado, projete crescimento em receita em 2025, mesmo após a estiagem. De um lado, a expectativa de colheita farta na safra de inverno deste ano; e de outro, a plena operação da fábrica de rações, inaugurada no final do ano passado.
É diante desses dois prognósticos que a cooperativa, com sede em Ibirubá, estima uma receita de R$ 3,5 bilhões neste ano, valor 3,2% acima do faturado no ano anterior. E que distanciam do prejuízo que se calcula com as lavouras de soja, que devem registrar uma quebra de 30% nesta safra, pela falta de chuva na região.
No caso da safra de inverno, o vice-presidente da Cotribá, Enio Nascimento, adiantou à coluna que a cooperativa tem incentivado o plantio de trigo e canola entre os seus mais de 9,5 mil associados. E, por isso, estão apostando nas culturas.
— Mesmo com a entrada de muitas empresas de canola no setor, por exemplo, esperamos manter o mercado. Porque o preço está muito bom, superior à saca de soja, e se espera um incremento de área planta neste ano no caso da canola — reforça Nascimento.
A outra aposta da cooperativa para o ano vem da nova fábrica de nutrição animal, que tem capacidade de produzir 220 mil toneladas/ano de ração para gado de leite e corte. O empreendimento recebeu um investimento de R$ 130 milhões.
Sobre a cooperativa
- A Cotribá tem como carro-chefe o recebimento, armazenagem, produção e comercialização de grãos.
- Possui 38 unidades de recebimento com 13,1 milhões de sacas de capacidade total de estocagem.
- Atua ainda em outros segmentos tais como farmácia veterinária, seção de peças, revenda de combustíveis, supermercados, loja de departamentos e estabelecimentos comerciais.