A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

As mobilizações de produtores rurais voltam à Capital — e a outros pontos pelo interior do Estado — a partir desta terça-feira (20). No caso de Porto Alegre, o espaço para manifestação será a superintendência dos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. Organizados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), com apoio da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), cerca de 250 acamparão, a partir das 14h desta terça, por tempo indeterminado noem frente aos locais.
— Até obtivermos alguma resposta — frisou o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, à coluna.
A reivindicação do setor produtivo segue sendo a revisão de mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), o seguro da agricultura familiar. Na avaliação de Silva, foram anunciadas medidas pelo governo federal na semana passada, em meio à manifestação organizada por entidades como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetraf-RS), "mas é preciso que saiam do papel".
Silva também cita a renegociação das dívidas, que acabou não sendo contemplada nos anúncios do Planalto:
— Oferecemos um prolongamento de 20 anos para pagamento do passivo. O governo disse que não dá. Mas o que dá, então? É essa a resposta que queremos buscar.
No interior do Estado, sindicatos ligados à Farsul e à Fetag-RS e o Movimento SOS Agro RS estão organizando as manifestações. Até o momento, pelo menos 20 estão confirmadas, em municípios como Erechim, Canguçu, Bagé e Alegrete.
Outro ponto de pressão será em Brasília, onde uma comitiva da Fetag-RS tem agenda, nesta semana, com o Banco Central e os ministérios da Fazenda, Agricultura e Desenvolvimento Agrário. A pauta? A mesa: medidas para aliviar o passivo acumulado pelos problemas climáticos.