A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
O cacarejo voltou a dar boas-vindas para quem passa pelo pavilhão dos pequenos animais, no parque Assis Brasil, em Esteio. Simboliza o retorno dos pássaros e das aves, que, após -hiato de dois anos, por conta das restrições adotadas a partir da chegada da influenza aviária, estão novamente no palco da 45ª Expoleite e a 18ª Fenasul. Desta vez, com 65 exemplares de duas propriedades.
Entre as novidades do espaço neste ano está uma raça que estreia nas feiras, que ocorrem, tradicionalmente, de forma simultânea. É a serama, originária da Malásia. Apesar de ter forte presença, com peito estufado e postura elegante, chama a atenção pelo seu tamanho.
— É a menor raça de galinha do mundo. Há exemplares que chegam a pesar 500 gramas — orgulha-se Helena Noschang, presidente da Associação Brasileira de Preservadores e Criadores de Aves de Raças Puras e Ornamentais.
No pavilhão, há quatro exemplares, todos do seu criatório, o Sítio Recanto do Garoto, em São Sebastião do Caí.
Outra novidade está na infraestrutura do espaço, que, neste ano, teve de seguir uma série de regras para receber esses animais. O cuidado redobrado é para se manter em alerta, ainda que o Brasil não tenha mais registrado focos da doença.
Dentro do pavilhão, por exemplo, foram instaladas grades que separam as aves e os pássaros dos coelhos, que dividem o mesmo local no parque. Já fora, foram colocadas seis cortina de PVC para evitar a entrada de aves externas ao pavilhão. Além disso, como de praxe, as aves e os pássaros expostos estão em gaiolas.
Entenda
A proibição da movimentação de aves de raça e ornamentais saiu em fevereiro de 2023, quando vieram os primeiros registros da doença em países vizinhos. No RS, o primeiro foco, em aves silvestres, foi em maio de 2023. Desde então, a suspensão da participação vigorava, incluindo duas edições da Expointer, feira que é uma grande vitrine para criadores.