A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

A morte de mais de 90 cisnes e patos no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul (RS) foi causada por gripe aviária. A confirmação foi feita nesta sexta-feira (16), durante coletiva de imprensa realizada na Secretaria Estadual da Agricultura. O caso, até então, era tido como suspeito.
A coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola da pasta, Ananda Kowalski, afirmou, no entanto, que o foco já vinha sendo tratado como positivo “para se ganhar tempo”.
O zoológico está fechado para visitação desde quarta-feira (14) e não há previsão para reabertura.
De acordo com integrantes da equipe técnica do zoológico, patos e cisnes de diferentes espécies morreram repentinamente, sem sintomas específicos. Está sendo feito o monitoramento do estado de saúde dos demais animais. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura informou que não será feita a depopulação das demais aves aquáticas. Ao todo, o zoológico tinha cerca de 500 exemplares.
— As medidas serão ajustadas conforme forem se apresentando as situações — esclarece a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola da Secretaria da Agricultura, Ananda Kowalski.
A distância entre as duas cidades, Sapucaia do Sul e Montenegro, onde o caso da doença em uma granja comercial foi confirmado, é de cerca de 50 quilômetros. Embora a prioridade seja investigar áreas localizadas em um raio de 10 quilômetros da granja, Sapucaia também entrou na mira após a morte dos animais.
Agora, o Estado soma dois focos da doença no seu território.
Não há riscos ao consumo
Apesar do impacto econômico, autoridades alertam que a influenza aviária, popularmente conhecida como gripe aviária, não oferece riscos à saúde humana, sobretudo por meio do consumo da carne de aves e de ovos.
Em nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destacou que não há qualquer restrição ao consumo dos produtos. Afirma ainda que o risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo, ocorrendo, em sua maioria, entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas.