A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Durou menos de três dias o comemorado retorno das aves e dos pássaros à Expoleite e à Fenasul neste ano, no parque Assis Brasil, em Esteio. Depois de um hiato de dois anos em razão da detecção de influenza aviária e o posterior caso de Newcastle, esses animais puderam voltar aos palcos nesta semana. No entanto, com a confirmação de dois focos de influenza aviária no Rio Grande do Sul, um em aves comerciais e outro em aves aquáticas, a decisão foi deseita.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (16), durante coletiva de imprensa realizada na Secretaria Estadual da Agricultura. Um decreto deve ser publicado em breve sobre a proibição de participação de aves e pássaros em eventos, exposições e feiras no Rio Grande do Sul. A medida visa precaução.
Em nota, a Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) informou que todas as orientações da Defesa Sanitária foram cumpridas "de forma imediata, incluindo a retirada dos animais após exames clínicos e avaliação técnica, sem a constatação de qualquer caso da doença no evento".
Ainda que o parque continue aberto ao público das feiras, que ocorrem simultaneamente, em Esteio, e se estendem até domingo (18), o pavilhão dos pequenos animais, onde se encontravam esses animais, está isolado. O espaço já contava, neste ano, com recursos "extras" de proteção, como cortinas de PVC e grades.
Presidente da Associação Brasileira de Preservadores e Criadores de Aves de Raças Puras e Ornamentais, Helena Noschang, que havia comemorado à coluna o tão esperado retorno, agora se preocupa:
— Estamos à mercê do tempo. A gente controla a nossa parte. Fazer o quê? Normas são normas e, nesse momento, é a coisa certa a se fazer.
Ao todo, estavam no pavilhão 65 aves e centenas pássaros. No caso das aves, de um criatório de São Sebastião do Caí e outro de Viamão, todas deverão passar por uma quarentena de 15 a 20 dias dentro das propriedades.