A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

A semana começa para o agronegócio gaúcho com novas notícias vindas de Brasília sobre a pauta da renegociação de dívidas acumuladas por problemas climáticos. Entre as promissoras para o avanço da reinvidicação do setor produtivo está a prorrogação dos vencimentos de financiamentos já contratados. A medida está por autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN), que deve publicar uma resolução nos próximos dias.
Outra diz respeito ao pedido de revisão de mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Conforme informou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, ao Campo e Lavoura da Gaúcha neste domingo (4), o Banco Central deve alterar as normas, que, para o setor produtivo, reduziram a cobertura de perdas, ainda em maio.
Já as notícias que apontam para um cenário desfavorável dizem respeito à demanda da securitizaão dos passivos — que é o pedido de uma prorrogação mais longa de pagamento das dívidas por parte dos produtores. Para o ministro do Desenvolvimento Agrário, a medida pode, inclusive, comprometer o orçamento do próximo Plano Safra, a ser lançado no final de junho:
— Quem tem dívidas e sofre com problemas climáticos, tem benefícios junto ao Pronaf, então deve utilizá-los.
É por isso que Carlos Aguiar, diretor de Agro do Santander, recomenda aos produtores:
— Não esperem. Renegociem com o banco e, se vier algo melhor do governo, nós voltamos atrás.
No caso do Santander, o Estado responde por 3% da carteira de R$ 100 bilhões do banco.