
É a combinação do apetite mantido em compradores de destaque e a diversificação de destinos que ajuda a explicar os resultados das exportações brasileiras de carne suína em 2025. Tanto em abril quanto no acumulado do primeiro quadrimestre, o cenário é de alta. O volume embarcado nos quatro meses é de embarcou 466 mil toneladas, o que representa um crescimento de 15,9% na comparação com igual período de 2024. Na receita, o aumento é ainda maior: 29,9%, com US$ 1,09 bilhão.
— O resultado de abril reforça a tendência de alta nas exportações em 2025, com avanço nos principais mercados e expansão em destinos estratégicos da Ásia e América Latina — avaliou Ricardo Santin, presidente da ABPA.
As Filipinas seguem no posto de maior comprador da proteína, tendo ampliado em 78,4% a quantidade e em 90,4% o faturamento das compras realizadas em abril. Completam a lista dos cinco principais destinos da carne suína brasileira China, Hong Kong, Chile e México. Esse último, aliás, registrou expressivos 121,6% no volume importado.
Outro dado importante é o do desempenho dos três maiores exportadores entre os Estados brasileiros. Santa Catarina (a mais antiga unidade da federação a ter o status de livre de febre aftosa sem vacinação) segue na liderança, tendo registrado uma expansão de 6,8% em abril. O Rio Grande do Sul contabilizou avanço de 29,2% e o Paraná, de 25,5%.
Realidade gaúcha
Os dois maiores compradores da carne suína do Rio Grande do Sul são mercados abertos após o reconhecimento internacional do status do Estado de livre de aftosa sem vacinação — obtido em maio de 2021. Neste mês, os gaúchos chegam à marca de cinco anos sem realizar a imunização do rebanho bovino para a doença.
As Filipinas passaram a ser uma opção comercial no ano passado, pelo acordo do pré-listing. Hoje, estão no topo dos embarque da proteína do Estado. O Chile foi a primeira conquista decorrente do novo status sanitário do RS, em 2023.