
Na busca por uma solução para o passivo acumulado pelos produtores gaúchos com safras consecutivas frustradas, representantes do Estado têm, nesta terça-feira (15), reunião no Ministério da Fazenda. A agenda faz parte das negociações da proposta de securitização das dívidas, mas deve focar, neste momento, na necessidade de prorrogação de financiamentos, por um prazo de 120 dias, enquanto a alternativa estrutural não sai.
— A gente espera resolver isso amanhã (hoje). O Ministério da Agricultura já encaminhou o pedido (de prorrogação). O restante, vamos começar a conversar — diz o senador Luis Carlos Heinze, autor de projeto de lei no Senado que traz uma proposta de securitização.
Um outro texto, de autoria do deputado Pedro Westphalen, tramita na Câmara dos Deputados.
Com a previsão inicial da presença do ministro Fernando Haddad, a reunião será conduzida pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, e o secretário-executivo, Dario Durigan. O titular da pasta precisou adiar o encontro para o dia 23 por compromisso com o presidente Lula.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Pereira, estará na reunião e reforça que enquanto “as coisas se decidem”, é importante ter essa suspensão das cobranças.
— Estão começando a vencer (as parcelas de financiamentos). Já vínhamos pedindo esses 120 dias de suspensão da cobrança, mas não temos nada — endossa Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), que estará no encontro.
Para além dessa questão, a revisão das mudanças nas regras do Proagro, o seguro da agricultura familiar, estará em pauta. Nesse caso, na primeira reunião do grupo de trabalho criado após um encontro com representantes do Banco Central.