
O vinho tinto está para o período de frio como o espumante para o de festas do final do ano. É de maio a julho que se concentra a venda de 35% desses rótulos. E o paladar começou a ser aguçado no feriado de Páscoa, momento importante para o enoturismo gaúcho, observa Daniel Panizzi, vice-presidente do Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Rio Grande do Sul (Consevitis).
— É o feriado mais importante do enoturismo. Tempos um fluxo turístico muito grande e isso representa consumo. E são muitos setores impactados — disse Panizzi em entrevista ao Campo e Lavoura da Gaúcha.
A colheita de uva deste ano tem um crescimento de 40% em relação à do ano passado. Deve somar, em frutas destinadas ao processamento (para sucos, vinhos e espumantes) 750 milhões de quilos.
Com relação aos preços dos produtos, o vice-presidente do Consevitis avalia que há uma tendência de reajuste no mercado, mas que acompanha "os números inflacionários".
— Não teremos variações significativas, que extrapolem os movimentos que o mercado, a economia como um todo estão fazendo — acrescenta, lembrando ainda que "isso depende muito de cada vinícola".