A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Mais do que a enchente — e as perdas trazidas com ela —, foi a recuperação que marcou os números da Centrais de Abastecimento do Estado (Ceasa-RS) em 2024. O balanço de comercialização do complexo, divulgado nesta quinta-feira (6), mostrou uma redução de 16,5% no volume vendido no ano passado em comparação a 2023, que chegou a 482,8 mil toneladas. No entanto, para gerente técnico do espaço, Léo Marques, a rapidez com que se contornou a crise fez com que o volume comercializado não fosse ainda menor. A Ceasa ficou apenas dois dias úteis sem operação.
— Apesar das dificuldades, o pós-enchente, para nós, foi uma vitória. Atacadista, produtor, todo mundo precisava continuar a trabalhar para escoar a produção e recuperar o que foi perdido — analisa Marques.
Por 39 dias, a Ceasa operou provisoriamente no estacionamento de uma farmácia em Gravataí. Ainda assim, na época, o volume de vendas caiu 82%, se comparado com maio de 2023. Nesse meio tempo, no complexo, a água chegou a 2,8 metros de altura.