Vem dos números superlativos da doença uma das razões para a preocupação com a peste suína africana. Como publicou a coluna, a confirmação de um caso no continente americano – na República Dominicana – reforça a necessidade de fortalecer a vigilância. Não só das autoridades sanitárias. Produtores e pessoas que viajam para outros países também têm um papel fundamental na prevenção. Campanha da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) traz lembretes simples, mas importantes.
Nas granjas, visitas de estrangeiros ou de pessoas que não façam parte do sistema produtivo devem ser evitadas. E, em caso de dúvida, é importante acionar o responsável técnico.
Para quem vai ao Exterior, a orientação é igualmente para evitar o acesso aos estabelecimentos produtivos.
No retorno de viagens a outros países, itens de origem animal e vegetal não devem ser trazidos. “É proibido e coloca o Brasil em risco”, ressalta a mensagem de um dos cards da divulgação.
– Podem, eventualmente, ser um vetor. Por isso a necessidade de impedir o ingresso – reforça Helena Rugeri, superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul.
Há três anos tentando vencer o vírus, a China mostra o tamanho da preocupação. A última atualização do relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mostra que, em 2021, foram registrados 11 surtos em oito províncias chinesas, com descarte de 2.216 suínos. Que se somam aos 800 mil de 2018, 390 mil em 2019 e 13,5 mil em 2020. Uma amostra do potencial de estrago causado pelo vírus.