
Além de terem afetado aposentados, o ressarcimento das vítimas da fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) exigiu que o governo federal liberasse R$ 3,3 bilhões em crédito extraordinário para o ressarcimento, ou seja, dos cofres públicos, que, por sua vez, são abastecidos com impostos pagos pela população. Indigna a todos, com razão, pois os criminosos deveriam devolver as mensalidades descontadas ilegalmente. A Polícia Federal tem feito bloqueios e apreensões. Porém, há um trâmite até isso tornar-se dinheiro da União, sobre o que a coluna questionou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, durante entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
— Há bloqueios, como o de R$ 400 milhões só de um investigado, mas que são retirados do crime organizado. Mas veículos e aeronaves são apreensões e estão lá na garagem da Polícia Federal. São bens trazidos ao sistema da Justiça Criminal. Tem todo um trâmite a ser cumprido para o perdimento definitivo e, aí sim, destinação para o patrimônio da União. Os valores em espécie serão revertidos para repor ao erário público dessas indenizações — disse.
Além dos trâmites, tem a quantia. Há estimativas de que a fraude do INSS supere R$ 4 bilhões e, segundo o diretor-geral, R$ 6,4 bilhões foi o que a Polícia Federal conseguiu apreender em todo o ano passado em outros casos de crime organizado.
— Se será suficiente ou não, eu não sei dizer, porque a investigação continua. Mas nós vamos cumprir o nosso papel, que é fazer essas apreensões, esses bloqueios de tudo aquilo que nós entendemos que seja necessário — finalizou.

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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)



