
Cresce a perspectiva de que a Petrobras irá reduzir o preço da gasolina, que não é alterado há mais de quatro meses. Além do recuo recente do dólar, o petróleo vem caindo no Exterior, o que é potencializado pelo cessar-fogo entre Israel e Hamas. Está próximo dos US$ 60 o barril, como a própria presidente da estatal Magda Chambriard destacou em um gráfico que postou no seu LinkedIn.
Os preços das refinarias da Petrobras já estão 9% acima do Exterior, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Seguindo assim, aumenta a pressão por trazer combustível de fora do país, o que desajusta mercado. O economista da Quantitas Asset João Fernandes aposta em um corte aproximado de 5%, mantendo uma gordura de defasagem para eventuais oscilações.
Isso, por sua vez, tira mais pressão sobre a inflação. Se for uma redução sustentada (e lembrando que há outras influências sobre preços), talvez permita que o Banco Central antecipe o corte da taxa de juro Selic, previsto, por enquanto, para o início de 2026.
E o diesel?
Ao contrário da gasolina, o diesel está mais barato no Brasil do que no Exterior. A diferença, porém, é de apenas 4%. Aparentemente, não há necessidade de aumento do preço do combustível por agora.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)




