
Exportadores gaúchos retomaram a esperança após o telefonema do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao presidente Lula. Isso porque já estavam novamente preocupados. A reunião era para ter ocorrido na semana passada, conforme o sinalizado na Assembleia-Geral da ONU, ainda na semana retrasada. O encontro não ocorreu. Trump teve dias agitados com o "shutdown" (paralisação do governo quando o orçamento não é aprovado no Congresso) e o acordo de paz em Gaza.
Os empresários esperam duas coisas: redução do talagaço de 50% de tarifa e aumento da lista de isenções, que pouco aliviou o Sul do país. Rio Grande do Sul segue com 85% das suas exportações ao mercado norte-americano taxadas, número que supera 90% em Santa Catarina e Paraná.
Ainda que nada tenha sido decidido na ligação, o ato já foi simbólico. Além disso, a nota do Palácio do Planalto e a fala de Trump mais tarde apontaram para agendamentos de encontros presenciais. Deles sim devem sair definições.
Enquanto isso, exportadores aguardam. Quem antecipou embarques, teme que o estoque acabe e o importador não queira comprar mais porque a taxa deixará a mercadoria mais cara. Além disso, os planos de comércio exterior ficam em compasso de espera até que se entenda como ficarão as relações comerciais.
Assista também ao programa Pílulas de Negócios, da coluna Acerto de Contas. Episódio desta semana: polêmica da energia renovável, leilão de ferrovias e o potencial do triticale
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)





