
Pode ser R$ 20 bilhões ou mais, se os bancos privados entrarem junto dos públicos no crédito habitacional que o presidente Lula anunciará nesta sexta-feira (10). É dinheiro para financiamento imobiliário e para reforma da casa. Lula vinha dizendo que seria o maior programa do segmento já lançado e que seria "infinitamente" maior do que o Minha Casa, Minha Vida. Faltava acertar juro e "funding", que era a origem do recurso.
O que se espera? Que a linha de crédito para reforma tenha empréstimos de R$ 5 mil a R$ 100 mil, diz a diretora de Assuntos Habitacionais do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Rio Grande do Sul (Sindimóveis-RS), Simone Carvalho. O juro deve ser a 1,17% ao mês para renda até R$ 3,2 mil e de 1,95% para famílias que ganham mais, podendo ter ainda outra faixa. A carência deve ser de seis meses pela Caixa Econômica Federal (CEF), mas correndo juro.
— Queremos ver como vão fiscalizar que o dinheiro vai mesmo para reforma. Podia-se direcionar esse valor direto para financiamento, pois estamos 60 dias para assinar Minha Casa, Minha Vida com subsídio — diz a diretora.
Mas expectativa é de que o financiamento tenha também medidas para destravá-lo, pois poupança e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) estão secando com mais saques do que depósitos, ficando pouco dinheiro para bancar os empréstimos habitacionais. O Ministério das Cidades negociou com Banco Central redução do depósito compulsório (quantia que os bancos precisam reter do dinheiro que recebem dos clientes sem emprestar, para manter a segurança do sistema financeiro) e também uma diminuição de juro. Então, deve ir por aí. Lembrando que o MCMV foi ampliado em maio, tanto no teto dos imóveis autorizados como na renda familiar, que subiu a R$ 12 mil.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)






