
Adiado já por enchente e juro alto, o projeto do bairro planejado de 50 hectares perto do Aeroporto Salgado Filho, na Avenida Jorge Benjamin Eckert, agora ainda vai esperar a definição sobre o Plano Diretor de Porto Alegre, protocolado em setembro pela prefeitura na Câmara de Vereadores. A obra dos prédios do Camino tinha previsão inicial de começar ainda em 2024. As novas regras levarão a alterações no projeto, que teria que passar por reaprovações. Mas seriam mudanças para melhor, diz o diretor da Phorbis, Mathias Kisslinger Rodrigues.
O empreendedor afirma que segue negociando com construtoras para erguerem os prédios residenciais. Como são para classe média, o juro alto impacta os financiamentos, argumenta para justificar o prazo longo.
O executivo garante que toda a infraestrutura de água, esgoto e energia está pronta. Porém, aguarda a autorização pela CEEE Equatorial para fazer o cabeamento subterrâneo, algo pelo qual a empresa pagaria.
Além disso, Kisslinger diz aguardar a liberação pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre (Smamus) para iniciar a revitalização de uma praça no local, na qual pretende colocar, por exemplo, brinquedos com água para crianças.
O terreno, comprado na década de 1980, fica em uma área atingida pela cheia, mas a água não chegou às quadras onde serão construídos os prédios, diz o diretor da Phorbis. A ideia é que a obra seja feita em 15 anos. São estimados 20 mil moradores e 40 mil pessoas circulando quando estiver finalizada.
Atualização: A CEEE Equatorial esclarece que o processo do cabeamento não está travado, conforme informado pela Phorbis: "A empresa ingressou com o projeto no dia 21 de janeiro de 2025, sendo analisado e reprovado em 01° de fevereiro, por não estar dentro das normas técnicas exigidas. Para auxiliar na adequação do projeto, a distribuidora realizou três reuniões, entre março e abril com a empresa responsável pelo empreendimento. Até o momento uma nova versão do projeto com as orientações e adequações necessárias não foi apresentado. A companhia aguarda o envio atualizado e reafirma que está colaborando para que a obra seja executada de forma segura e em conformidade com os padrões técnicos para construção de rede elétrica subterrânea e aérea." Este texto da coluna foi alterado às 18h07min desta sexta-feira (17) com a atualização.
Assista também ao programa Pílulas de Negócios, da coluna Acerto de Contas. Episódio desta semana: polêmica da energia renovável, leilão de ferrovias e o potencial do triticale
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)



