
A Marcopolo espera exportar 2 mil ônibus em 2025 a partir de suas três fábricas no Brasil, que ficam em Caxias do Sul (2 no RS) e São Mateus (ES). Isso representará um crescimento de 43% sobre os 1,4 mil embarcados em 2024. A estimativa foi feita à coluna pelo diretor de Vendas e Operações Internacionais, José Luiz Góes, durante a Busworld, feira do setor que a coluna está cobrindo aqui em Bruxelas, na Bélgica.

A empresa até anunciou a volta das vendas à Europa, mas o veículo ainda está em homologação, o que deve ocorrer somente no final de 2026. A fabricante gaúcha tem 11 fábricas, distribuídas em sete países, mas seus ônibus circulam em 140.
Do Brasil, exporta ao Chile, ao Peru e à Argentina. A fábrica da Argentina abastece o mercado local. Do México, envia ao mercado norte-americano.
— A fábrica fica a apenas 120 quilômetros da fronteira com os Estados Unidos — diz Góes, garantindo que o tarifaço do presidente Donald Trump poupou o produto.
A operação da África do Sul abastece o mercado do país e outros com mão inglesa. Na Austrália, há três fábricas, pois os governos locais querem comprar de empresas que gerem empregos e impostos na região de cada um. Os ônibus feitos na Colômbia ficam no país ou vão para Panamá e outros do Pacto Andino. Na China, uma curiosidade: a fábrica da Marcopolo não vende localmente, pois não tem as licenças. De lá, envia para Austrália, Hong Kong, Oriente Médio e até mesmo para a América Latina.
Leia aqui a cobertura da Busworld.
* A coluna viajou a Bruxelas a convite da Marcopolo.
Assista também ao programa Pílulas de Negócios, da coluna Acerto de Contas. Episódio desta semana: salto de trabalhadores estrangeiros, obra parada em hotel e lojas de motos indianas
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)


