
Não era o esperado para a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), mas veio em ótima hora o aceno de negociação do tarifaço entre os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Lula, do Brasil. O brasileiro fez um discurso de crítica, mas não agressivo e sem citar Trump. O norte-americano veio na sequência dizendo que Lula era um "homem muito agradável" com quem tem "excelente química" e, o que importa, disse que haverá uma reunião entre ambos na semana que vem.
O mercado financeiro reagiu rápido e muito bem, sendo que já vinha de bom humor com o corte do juro pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O Ibovespa, que considera as ações mais negociadas na bolsa de valores de São Paulo, renovou seu recorde e se aproxima dos 147 mil pontos. Enquanto isso, o dólar caiu a menos de R$ 5,30.
Vai seguir assim? Depende. A reunião da próxima semana tem que sair, sem sobressaltos até lá. O resultado vindo positivo, claro, tende a turbinar ainda mais a onda positiva de bolsa e câmbio.
O Brasil é um dos países mais atacados pela política comercial dos Estados Unidos, com uma tarifa de 50%, que atingiu várias empresas de capital aberto. A lista de produtos com isenção pouco aliviou os Estados do Sul. No caso do Rio Grande do Sul, mais de 85% das exportações aos norte-americanos estão taxadas por serem mais industrializadas.
Assista também ao programa Pílulas de Negócios, da coluna Acerto de Contas. Episódio desta semana: reestruturação da Cotribá, indústria de casa nova e empregos catarinenses no RS
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)






