
Tradicional rede de farmácias fundada em 1950, a Maxxi Econômica pediu recuperação judicial. A rede, com sede em Canoas, chegou a ter 200 lojas e 1,5 mil funcionários, mas foi enxugando até ficar com as atuais 60 unidades e 620 trabalhadores. O advogado Leandro Malta Martins, sócio-diretor na Malta Martins Advocacia Empresarial, conta que a ideia é manter este tamanho, que já resultou de uma redução de custos para a reestruturação.
A dívida no processo é de R$ 71,5 milhões, principalmente com bancos, ex-funcionários e fornecedores. Fora da recuperação judicial, ainda há débitos tributários e com cooperativas, que elevam o valor a R$ 100 milhões.
Aguarda-se a autorização da Justiça para a recuperação. O plano de reestruturação a ser apresentado aos credores contemplará troca de dívidas caras por baratas, o que já está em negociação. Alguns ativos também poderão ser vendidos.
A crise financeira da empresa vem de anos. Aumentou na pandemia, quando houve dificuldade de acesso a crédito após uma forte expansão do negócio, noticiada bastante pela coluna à época. Além do juro elevado, a enchente do ano passado inundou 20 farmácias.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)




