Correção: A metalúrgica não teve parte do parque fabril inundada na enchente. A afirmação foi colocada na petição inicial do pedido de recuperação judicial, porém, estava incorreta. O escritório de advocacia disse ter usado a informação de uma consultoria que foi contratada. O texto da coluna foi alterado nesta segunda-feira (7), às 14h08min.
Fundada em 2007 como uma funilaria familiar em Canoas, a Metalúrgica Supremo Sul entrou com pedido de recuperação judicial, com dívidas que superam R$ 15,3 milhões. Em 2020, transferiu a sede a Cachoeirinha e, no ano seguinte, chegou a abrir uma filial em Rio Grande, mas que acabou desativada.
A empresa fabrica máquinas e oferece serviços de metalurgia para setores que vão de implementos agrícolas a celulose e petróleo. Até o último mês de maio, tinha 62 funcionários. Segundo o pedido de reestruturação à Justiça, a crise no negócio começou na pandemia e foi agravada pela enchente de 2024, quando parceiros sofreram com alagamentos e a logística foi afetada, o que paralisou a operação do negócio por semanas. Além disso, alega prejuízos com clientes que ficaram inadimplentes após a tragédia.
A lista de 135 credores inclui bancos como Itaú, Bradesco e Banrisul, além de fornecedores nacionais e internacionais. Para saber a proposta de reestruturação, a coluna tentou contato pelo WhatsApp disponibilizado pelo site da empresa, mas não estava funcionando. Também ligou para o telefone do escritório de advocacia, Chedid e Wunderlich Advogados, mas não atenderam.
Pelo rito de recuperação judicial, a Justiça precisa aprovar o pedido. Isso ocorrendo, a empresa tem um prazo para apresentar o plano de reestruturação para aprovação pelos credores antes de ser executado, com cumprimento de prazos.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)