Eis que a região metropolitana de Porto Alegre registrou deflação nos últimos 30 dias. A prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de junho foi de -0,10%. Aqui foi o único local do país com indicador negativo, destaca o IBGE.
Dos nove grupos de itens pesquisados, seis tiveram queda de preços. O maior impacto veio de transportes, com o recuo de 2,87% na gasolina, após a Petrobras ter reduzido preços nas refinarias e o corte ter sido repassado pelos postos. O combustível, aliás, foi o que mais influenciou na deflação.
Houve queda ainda nos preços de motos e automóveis usados, o que reflete queda na venda. Aliás, redução de consumo também se reflete no recuo de preços de eletrodomésticos, com ar-condicionado, geladeira, máquina de lavar roupa, computador e roupa de cama.
E a comida? Ficou mais barato comer em casa, com queda de preço em alface (-16%), tomate (-10%), ovo de galinha (-6%), arroz (-4%), leite longa vida (-3%) e carnes (-0,8%).
Por fim, o aluguel também recuou. A queda foi de apenas 0,68%, mas ele pesa no cálculo porque também representa uma fatia relevante do orçamento das famílias.
A deflação só não foi mais intensa porque a conta de luz subiu.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
