
Após uma disparada no final do ano passado, o dólar está caindo e já atingiu seu menor patamar em seis meses. Fechou na sexta-feira (6) em R$ 5,57 e segue rondando este patamar nesta segunda-feira (9). Mas por que a moeda está desvalorizando (e o real valorizando)?
A alta anterior havia sido motivada pela eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Suas promessas de campanha geraram temor de impacto na economia mundial, o que faz investidores fugirem para ativos seguros, como dólar e ouro, cuja cotação bateu recorde.
Por outro lado, o andar da carruagem mudou as perspectivas sobre a economia norte-americana. Tanto os recuos de Trump quanto a postura dos demais países provocam fuga de dólares dos Estados Unidos, o que também é motivado pelo alto déficit fiscal do país (contas públicas também são problemas por lá).
O Brasil, por sua vez, se torna um cenário favorável para o investidor, mesmo com seus problemas. Um dos motivos é que a taxa de juro Selic mantém-se elevada por aqui, garantindo um bom rendimento para o dinheiro dos "gringos".
Para Trump, dólar fraco não é ruim, pois estimula as exportações do país e ajuda no seu plano de reindustrialização. Se vai dar certo? Dificilmente, avalia a maioria dos especialistas. Há um consenso, porém, de que há espaço para a moeda norte-americana se desvalorizar ainda mais. Na esteira, a União Europeia torce para que este espaço dê protagonismo maior ao euro.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)