
Mesmo com as previsões oficiais de que o Guaíba não vai transbordar, a água já invadiu os armazéns do Cais Mauá e lojistas do centro de Porto Alegre têm plano de ação para retirada de mercadorias e de equipamentos caso a elevação fique mais veloz. O relato à coluna é do comerciante Carlos Klein, diretor do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA).
— Pela experiência de 2024, a água chegaria nas lojas se o Guaíba atingir 4 metros. Temos margem ainda, mas seguimos atentos. Já passamos o final de semana assim — acrescentou.
A medição das 8h desta terça-feira (24) indicava 3m26cm na Usina do Gasômetro, três centímetros a mais do que o registrado na manhã de segunda-feira (23).
Klein, porém, alerta para a dificuldade dos funcionários que moram em áreas alagáveis.
— Tivemos dois funcionários de Canoas que não conseguiram sair de casa, pois as ruas estavam com quase 70 centrímetros de água por falta de escoamento no bairro Mathias Velho — lembra.
A preocupação também foi manifestada pelo presidente da Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), Rafael Sartori. Leia aqui: O receio dos lojistas do Mercado Público com a alta do Guaíba: "Rezando para virar o vento"
Embora não esteja chovendo, o receio dos clientes impacta o movimento:
— Estamos avaliando todos os dias, mas por enquanto vamos continuar abertos. O problema é que não é só o dano físico. Com a chuva e o vento, o movimento cai bastante. Estamos torcendo para que melhore logo — diz Nico Ventre, sócio do Eat Kitchen, com restaurante no Cais Embarcadero.
Assista também ao programa Pílulas de Negócios, da coluna Acerto de Contas. Episódio desta semana: o dilema do dinheiro para financiar imóveis, extinção do supermercado Nacional, ranking de atacados e mais
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)