
O pano de fundo para o recuo do governo federal em parte do aumento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi o boato de que a medida era para começar um controle de capital, ou seja, evitar que dólares saíssem do país. O efeito seria contrário com um "risco de fronteira", acelerando a fuga imediata da moeda, desvalorizando o real e gerando seus impactos em cascata, como inflação e alta de juro. O dinheiro destes investimentos vai e vem sem parar. O aumento do IOF "mataria" este fluxo.
Na entrevista para "apagar fogo" na manhã desta sexta-feira (23), Haddad citou os boatos para afastá-los. Não é a primeira vez. Em janeiro, também negou que aumentaria IOF para segurar dólares no Brasil para evitar alta maior da moeda, que atingiu um pico logo após a eleição do presidente Donald Trump, nos Estados Unidos.
O câmbio no Brasil atualmente é livre com algumas intervenções eventuais do Banco Central com venda de dólares para evitar fortes oscilações. Recentemente, tem inclusive aumentado o investimento estrangeiro no Brasil, ajudando nos recordes recentes da bolsa de valores e a conter o dólar.
Como era para ser e como ficou após o recuo:
- Remessas ao Exterior para investimento teriam tributação de 3,5%, que ficou mantida em 1,1%.
- Transferências para aplicações em fundos lá foram teriam alíquota de 3,5%, mas agora seguirão isentas.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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