
Ganho de fatia de mercado, com aumento de vendas e do lucro foram destaques do balanço do primeiro trimestre do Grupo Panvel, que atua com varejo, indústria e distribuição de medicamentos e itens de beleza e bem-estar. O programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha, entrevistou o diretor-executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Antonio Napp. Confira trechos abaixo e ouça a íntegra no final da coluna.
Trimestre para comemorar?
Sem dúvida. A venda cresceu 15,9% sobre o mesmo período do ano passado. Passamos pela enchente, o que foi difícil, e ganhamos mercado no Sul pelo 20º trimestre consecutivo. Nossas lojas maduras, com pelo menos três anos de vida, aumentaram venda em 9,8%, muito acima da inflação. E 22% das vendas da Panvel passam pelos canais digitais. Também tivemos uma retomada forte na marca própria, que foi muito impactada por perda de estoque e inundação da nossa fábrica Lifar. Regularizamos o estoque e produtos Panvel, que têm margem melhor, voltaram a representar quase 8% das vendas do varejo.
A fatia de mercado da empresa subiu a 12,8%. É recorde?
É um avanço de 0,5 ponto percentual e a maior para um primeiro trimestre. As fatias de mercado flutuam conforme a sazonalidade. O quarto trimestre tem sempre fatia maior porque temos "presenteáveis" de Natal e fazemos um trabalho forte de Black Friday.
Como foi o lucro?
O lucro líquido ajustado fechou em R$ em 27,8 milhões, uma margem de 2,1%. Ele cresceu quase 5% em relação ao ano passado, quando foi muito bom pela venda de um ativo que entrou no resultado. Após um ano com muitos gastos com a tragédia do Estado, voltamos a ver caixa e não reduzimos investimento. Isso é muito importante, ainda mais em um trimestre no qual pessoa pagam contas de final de ano.

Como está o plano de abertura de farmácias?
Não podemos dar um "guidance" formal, mas seguirá no ritmo anual de 50, 52, talvez 55. Mas vamos continuar focados na Região Sul, especialmente Santa Catarina e Paraná, e abrindo na capital São Paulo, que tem nos recebido muito bem. Aliás, em maio abrimos a 100ª loja em Santa Catarina, Estado onde mais ganhamos market share (fatia de mercado). Seguimos olhando lojas no nosso padrão e eventualmente algum formato mais popular. Já estamos em 150 cidades diferentes do Sul e em São Paulo.
Avançou o plano para uma nova fábrica? A retaguarda está "ok" para a expansão?
Optamos por reinvestir no local e estamos contentes que retomamos a capacidade produtiva do Lifar. Por enquanto, a retaguarda está "ok", o que não quer dizer que não vamos investir nos centros logísticos atuais. O de Eldorado do Sul está com uma atualização tecnológica importante. Mas os principais aportes seguirão nas lojas físicas, com aberturas e reforma das existentes. Chamamos o parque de lojas de legado, que não se pode deixar envelhecer.
Ouça a entrevista:
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna