Francisco Marshall
Desde que o Estado regulou a propriedade privada e hierarquias de poder na sociedade, há corrupção; onde houver uma porteira, haverá quem cobre umas patacas para liberar passagem. Os gregos, todavia, cedo compreenderam que a corrupção maior vem da ambição desmedida – a hybris –, a cupidez de poder, honras, bens e prazeres que cega a muitos homens e os leva a erros trágicos para o transgressor, o hybristés, e para a sociedade. Há, pois, uma hierarquia também entre corruptos, e o corrupto-mor o é no topo de cadeia nefasta de delitos. Que tal enquadrarmos nosso corrupto-mor, homem público notório, enquanto é tempo, por crimes já praticados e riscos evidentes?
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