Francisco Marshall
Poros, em grego, é caminho ou passagem. Antecedido por alfa privativo, torna-se aporia e significa impasse ou perplexidade. Em muitos de seus diálogos, Platão usou o argumento aporético, em que Sócrates leva seus interlocutores a concluírem que nada sabem, quando julgavam-se muito assertivos; para isso, segue um método de argumentação que demonstra que muitas questões não têm solução fácil, e algumas, nenhuma solução. Há algo trágico nesse termo, que já está em nossos dicionários e, muito pior, em nosso destino. E ambos, termo e destino, nos convidam a questionar: há saída? Como, quando e por onde?
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