Francisco Marshall
Muitos séculos antes de Howard Gardner, o autor da teoria das inteligências múltiplas, os gregos perceberam diversos tipos de inteligências e suas funções, deram-lhes nomes e especularam sobre suas sedes no corpo humano. Viam-se, então, animados por um sopro vital, a psyché, capazes de colecionar e ordenar com o uso do logos, dotados de uma fronte pensante, onde está o phrén, que prefigura nossa estrutura nevrálgica; a mente conta com uma parte abstrata, o nous, e outra que pondera, a gnome, capaz de produzir sabedoria, sophia, temperança, sophrosyne, e a capacidade de pensar com prudência, a phronésis. A essas oito palavras, acrescenta-se a valiosa ideia de métis, a inteligência astuciosa, de Odisseu e daqueles capazes de pensar as possibilidades que podem abrir o futuro e seus caminhos.
- Mais sobre:
- caderno doc