Fábio Prikladnicki
Na mais recente coluna, comentei sobre o fenômeno da “instapoesia”, como ficou conhecida a produção poética sem grandes preocupações formais divulgada pelas redes sociais, focada em transmitir ideias simples que muitas vezes flertam com a autoajuda. A popularização desse tipo de criação impõe desafios ao debate sobre o que é “boa poesia”, uma vez que os críticos tradicionalmente valorizam autores que ousam na forma e não entregam uma simples mensagem de bandeja. Afinal, a literatura sempre foi a arte de oportunizar múltiplas possibilidades de leitura, e não um slogan cristalino, por mais bem intencionado que seja.
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