Eliane Marques
Dificilmente alguém deixou de ouvir algo sobre o Complexo de Édipo, descrito como o processo psíquico cujo resultado final, se exitoso, redundará na identificação da menina com a mãe, dado seu amor ao pai, e do menino com o pai, dado seu amor à mãe. Em face de tais identificações, o objeto amoroso eleito mais tarde pela mulher será o homem, substituto do pai, proibido; e o objeto eleito pelo homem será a mulher, substituta da mãe, proibida. No Édipo, concebido como o ingresso do/da infante em determinada cultura, ele (dono do phallus) se constituirá homem, ativo, masculino e heterossexual; ela se constituirá mulher, feminina, passiva e heterossexual. Ambes serão exogâmicos, ou seja, terão incorporada a si a lei da vedação ao incesto.
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