
O pênalti foi inexistente. Diria até constrangedor. Braithwaite recebeu o passe na grande área, chegou antes na bola e se jogou, procurando o contato com o goleiro.
Marcos Felipe fecha o espaço e recolhe o braço. O atacante gremista atrasa a passada, arrasta a perna para acertar o goleiro e ainda deixa o pé para enganchar no braço dele.
Bruno Arleu de Araújo marcou esse pênalti para o Grêmio aos 8 minutos do segundo tempo. Decisão tomada em campo.
O árbitro de vídeo, Marco Aurélio Fazekas Ferreira, recomendou a revisão. Arleu foi ao monitor à beira do gramado, ficou quatro minutos por lá e manteve a marcação.
Ainda analisou a origem do lance. Havia uma reclamação de falta de Kannemann sobre Éverton Ribeiro, mas não houve infração.
Incapacidade preocupante
Considero o erro grosseiro. Demonstra uma incapacidade preocupante de interpretação sobre o que é o futebol.
Um caso semelhante aconteceu no pênalti marcado sobre Luciano, a favor do São Paulo, no qual houve um contato mínimo, totalmente desconectado da forma como o jogador se joga para valorizar.
Se olharmos com a régua do que vem sendo o Campeonato Brasileiro, o critério — ou a falta dele — está mantido.
Cobranças à CBF
Um erro como esse poderia ser apenas mais um na competição. Mas entra num contexto. O Grêmio vinha de protestos duros contra a arbitragem.
Foi à sede da CBF, cobrou, exigiu mudanças. E agora, diante de um erro claro a seu favor, fica a sensação de que a pressão funcionou — ainda que não tenha sido essa a causa do equívoco.
Vale lembrar que Bruno Arleu é o mesmo árbitro que já havia cometido um erro contra o Grêmio, no jogo contra o Santos, vencido pelo tricolor. Agora protagoniza um erro a favor.
A arbitragem brasileira está num ponto em que até o acerto levanta dúvidas. E o erro, então, só agrava. Falta convicção. Falta leitura de jogo. Falta credibilidade.
As coisas precisam melhorar. Urgentemente. Ainda restam 28 rodadas.
Quer receber as notícias mais importantes do Tricolor? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Grêmio.