
Quanto mais a gente assiste ao lance do gol anulado do Grêmio contra o CSA, mais difícil fica de entender a decisão da arbitragem. O árbitro Matheus Candançan invalidou um gol legítimo de Aravena no final do segundo tempo, alegando falta de Kannemann sobre Igor Bahia. Só que o contato entre os dois é absolutamente normal. Um típico lance de jogo, desses que acontecem dezenas de vezes por partida e que fazem parte da essência do futebol.
Vamos aos fatos: Kannemann disputa espaço com Silas na entrada da área. Silas pressiona, empurra, busca o corpo do marcador. Esse é o detalhe do lance. Nessa pressão, o próprio Silas acaba acertando com o braço o companheiro de time, Igor Bahia. Kannemann, empurrado, se choca com Igor Bahia, que estava de costas. Os dois caem. Um lance típico, com choque absolutamente natural, sem tranco, sem carga, sem impedimento de disputa da bola. Apenas… futebol. O que o árbitro viu?
E é aí que entra o ponto central da discussão: futebol é contato. Futebol não pode se transformar num jogo de salão em que qualquer encostada vira falta. Quando a arbitragem começa a punir lances normais como esse, ela interfere diretamente na dinâmica do jogo. Pior, interfere no resultado. O árbitro de vídeo chama Matheus Candançan ao monitor como se jogasse uma boia para salvá-lo de um erro. Mas, surpreendentemente, o árbitro se agarra à decisão equivocada e a mantém.
Momento preocupante
A arbitragem brasileira vive um momento preocupante. No fim de semana anterior, o Grêmio teve problema contra o São Paulo. O Inter foi prejudicado contra o Mirassol. E a lista segue longa, rodada após rodada, time após time, erro após erro. Falta critério, falta uniformidade, falta leitura de jogo. E, mais grave ainda, falta entendimento sobre o que é contato faltoso e o que é contato natural.
Não é possível que, mesmo com árbitro de vídeo, com replays, com ângulos diversos, a arbitragem siga errando em lances claros como esse. O VAR deveria ser ferramenta de correção, não de confusão. Quando o vídeo confirma o erro de campo, e não o corrige, a credibilidade do sistema vai por água abaixo.
O futebol brasileiro não pode mais aceitar esse nível de erro como algo normal. Porque isso não é normal. Normal é o contato entre Kannemann e Igor Bahia. Aquilo é jogo. O que está fora da normalidade é a arbitragem não entender isso.
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