
A Chapa 2, cujo candidato a presidente é Odorico Román, grande vencedora da eleição que renovou metade do Conselho Deliberativo do Grêmio, decidiu não recorrer da decisão que lhe retirou 15 titulares no colegiado.
A comissão eleitoral acatou o pedido da Chapa 6, que tem Paulo Caleffi como candidato, alegando razões estatuárias. O relator Francisco Moesch se baseou no artigo 57 do estatuto tricolor: "nenhuma chapa pode ocupar mais de 70% das vagas no Conselho, salvo se alcançar mais de 70% dos votos válidos".
Assim, em vez de 30, os titulares eleitos do grupo de Caleffi subiram para 45. Já os do grupo de Odorico baixaram de 120 para 105 conselheiros.
A Chapa 2 acabou preenchendo 80% das vagas com seus surpreendentes 61,6% dos votos, já que só mais a Chapa 6 atingiu a cláusula de barreira, no limite dos 15%. Em comunicado, o grupo de Odorico, que tem o apoio do empresário Celso Rigo, afirmou:
— O mais preocupante é que a decisão distorce a vontade do sócio: uma chapa com 15% dos votos recebeu 30% das cadeiras, como se o voto de parte dos associados tivesse um peso superior ao dos demais.
A decisão de não recorrer, segundo o comunicado, foi tomada em nome da estabilidade do clube, para “evitar uma disputa judicial que poderia atrasar a transição da nova gestão, prejudicar o futebol e, principalmente, oferecer risco ao processo de recebimento da gestão da Arena”.
O novo presidente será escolhido na segunda quinzena de novembro. O edital sai no início de novembro. As chapas presidenciais serão inscritas em um prazo de cinco dias. A eleição presidencial deve ocorrer, segundo o estatuto, na segunda quinzena de novembro.
Quem somar mais de 20% dos votos dentro do universo total de 343 conselheiros aptos a votar avança para a assembleia de associados. É o chamado pátio, com a participação direta dos gremistas.
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