
Deixa ver se entendi direito. No fim do ano passado, o Grêmio vendeu o jovem Cuiabano (22 anos, à época 21) para o Botafogo. Não satisfeito, negociou em janeiro da atual temporada, o atacante Nathan Fernandes (20, à época 19).
Suponho que o movimento tenha sido financeiro, para pagar dívidas e melhorar a saúde financeira do clube. Vale lembrar que, no meio do ano passado, Gustavinho foi vendido no meio do ano, com 18 anos.
É duro, é difícil, mas é o roteiro dos clubes brasileiros: vende-se justamente as promessas, pois o valor de mercado delas é muito maior, por embutir a projeção de carreira.
Então leio a seguinte informação, na reportagem do nosso Geison Lisboa, de GZH, sobre o interesse no zagueiro Adryelson, que pertence ao Lyon, da França, cujo dono é John Textor, também acionista majoritário do Botafogo:
"O Grêmio sinalizou ao clube francês a possibilidade de não receber valores devidos pelo Botafogo, que também pertence ao empresário Jhon Textor, por negociações recentes envolvendo Cuiabano e Nathan Fernandes. Até mesmo a ida do zagueiro Gustavo Martins ao clube carioca foi debatida".
Se for isso, está errado. Vende-se jovens sob argumento da responsabilidade financeira para logo ali adiante comprar um bom zagueiro, ok, mas de 27 anos, para resolver uma emergência técnica do time?
Vender guris antes deles darem retorno de campo (excluo Gustavinho: foi importante no hepta gaúcho) para depois gastar com um zagueiro que custaria, para começo de conversa, R$ 63 milhões?
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