
Não vejo no documento assinado por presidentes de federações um ponto de partida para uma revolução capaz de tirar do poder a ação entre amigos que manda na CBF há décadas.
Pode haver boa intenção de um ou outro, do Oiapoque ao Chuí? Sim, mas só saberemos se, além de bancar a saída de Ednaldo Rodrigues, eles marcharem no rumo de uma oposição.
Se for só para trocar A por B, João por José, Ednaldo por esse tal de Samir Xaud, de Roraima, aí estaremos diante do sistema agindo em defesa própria.
Entrega uma cabeça, a de Ednaldo, alivia a pressão da opinião púbica, e segue tudo como dantes no quartel de Abrantes, incluindo salários aumentados e peso de votos no colégio eleitoral impeditivo para uma oposição vicejar.
É ingenuidade supor que o interventor Fernando Sarney, 70 anos, desde 1998 gravitando em cargos na CBF, é um agente transformador ao convocar novas eleições, por ter agido contra Ednaldo. Por enquanto, ele está mais para guardião do sistema.