
No Desafio Sentimental GZH, leitora confessa ter traído o marido e, como consequência, os dois acabaram se separando. Com o tempo e a distância, ela passou a sentir saudade e acredita ter perdido o amor da sua vida. Arrependida, decidiu escrever ao Carpinejar, já que está sofrendo com a falta do ex-marido, que já seguiu em frente.
Confira no vídeo abaixo a opinião do colunista sobre o caso, no episódio desta semana do Desafio Sentimental, com Carpinejar:
"No Desafio Sentimental GZH, leitora confessa que traiu o marido, que enganou e que acabaram se separando. E agora, com a distância, veio a saudade e ela acha que perdeu o amor da sua vida. Está profundamente arrependida e não sabe o que fazer, já que ele seguiu o seu destino e já está se relacionando com outras pessoas.
Em primeiro lugar, quem ama não trai. É uma regra básica. Se você traiu ele, você não o amava, você poderia ter apego, você poderia estar acomodada, você poderia até, sem perceber, querer maltratá-lo, vê-lo sofrendo por você. Você tinha uma espécie de necessidade de se sentir amada enganando, vendo até onde o outro suportaria, até onde o outro aguentaria por você. Você talvez esteja acostumada a testar relações, você não se sente amada, nunca se sente amada o suficiente e faz o escambau para provocar o outro, para ver até onde o outro vai ao seu lado, até onde o outro suporta e você agora pensa que o amava.
É uma carência, uma miragem da carência. Você não era leal, não era fiel, não era honesta, não era sincera. Que amor é esse? Baseado em quê? Baseado na convivência? Baseado no que você recebia? Ele fazia tudo por você.
O amor não é e nem pode ser quantificado por aquilo que você recebe, mas por aquilo que você oferece. E o que você oferecia era quase nada, ou seja, você não amava. Você queria ser beneficiada daquele casamento, você sente falta de tudo que não vai mais receber. De não ter aquela pessoa sempre disponível, sempre atenta, sempre querendo agradá-la, sempre em torno, sempre buscando satisfazer seus caprichos, seus desejos, suas vontades.
Para detectar o amor, definir o amor, nós temos que pensar no que sentimos. Nunca no que o outro sente por nós. Você está confundindo os presentes. O presente que você recebe não é o mesmo que você dá. É um amor um tanto injusto, porque você é ausente nesse sentimento".
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