Carlos Gerbase
Não tenho um tio chamado Óscar. Todos meus tios faleceram há tempo e nenhum deles se chamava Óscar. A lenda da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas, fundada em Hollywood em 1927, é de que o nome Oscar (agora sem acento, já que o prêmio é gringo) foi dado por uma bibliotecária da organização que achava a estatueta parecida com um tio, que, é claro, se chamava Oscar. A bobagem pegou. Hoje, o evento de entrega dos Oscars mobiliza intensamente quase todas as pessoas que gostam ou trabalham com cinema. Eu disse quase. Eu tô fora. Não tenho um tio chamado Óscar e nunca me emocionei com o tal Oscar sem acento. Todas as vezes que tentei assistir à cerimônia, dormi antes da execução da segunda música original. Para mim, o Oscar é um eficiente sonífero.
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