Carlos Gerbase
Alguns escritores têm uma especial habilidade para capturar o espírito do seu tempo, que os alemães chamam de zeitgeist. Tive a oportunidade de ler, quase simultaneamente, obras de dois autores separados por grande distância geográfica e pelos diferentes estágios de suas carreiras. Contudo, muito próximos na capacidade de construir histórias que refletem medos contemporâneos: dificuldade para dialogar, ascensão dos fundamentalismos e ausência de perspectiva existencial, que leva à depressão. Além disso, ambos usam um estilo confessional, que poderíamos chamar de autoficção.
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