Carlos Gerbase
Na segunda temporada da série Making a Murderer, fica muito evidente que, num processo criminal complexo, em que duas pessoas são acusadas de homicídio e declaradas culpadas, o destino dos réus dependeu muito mais dos recursos financeiros de que dispunham para a briga jurídica do que de sua eventual inocência. No caso específico, o defensor público no primeiro julgamento foi de uma incompetência atroz e de uma negligência que chega ao limite da desonestidade. Do outro lado, está o Estado, com um promotor experiente e ambicioso, apoiado por dezenas de funcionários e pela polícia. Condenados a penas muito longas, Steven Avery e Brandon Dassey continuam na cadeia. Merecem estar lá? É bem difícil dizer. Contudo, é facílimo afirmar que mereciam uma defesa muito melhor do que tiveram.
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