Da janela de meu escritório, tenho uma vista privilegiada das copas das árvores da Redenção. Nos últimos tempos, essa paisagem, além de bela, é preocupante. A mais alta das árvores, ultrapassando com alguma folga suas companheiras, lança no horizonte retorcidos galhos negros, feios e desprovidos de qualquer verdor. No lugar onde deveriam estar as folhas, de tempos em tempos pousam algumas caturritas, como se quisessem chamar atenção para o estado deprimente da gigantesca obra da natureza que lhes serve de repouso.
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