
Rebeca Andrade não se cansa de fazer história. Primeira ginasta brasileira campeã olímpica, maior atleta do país na história dos Jogos, com seis medalhas, dona de nove medalhas em mundiais, são apenas das algumas marcas da paulista que completará 26 anos em maio.
Neste 21 de abril, em Madri, na Espanha, não precisou realizar nenhuma acrobacia para novamente escrever mais uma página brilhante para o esporte do Brasil, ao ser eleita como "Retorno do Ano" do Prêmio Laureus, que é considerado o Oscar do esporte mundial.
E não é apenas um prêmio, um simples troféu. É o reconhecimento do tamanho que Rebeca tem no esporte mundial hoje e que sempre deverá ser reconhecido e reverenciado. Até mesmo Simone Biles fez referência à brasileira ao ganhar como "Atleta Feminina do Ano":
— Ainda bem que não competi na mesma categoria da Rebeca — disse a lenda da ginástica, que ao invés de ter Rebeca como arquirrival, a tem como amiga.
São tantos os adjetivos para Rebeca Andrade que é quase impossível nominar sua importância e seu tamanho para o esporte brasileiro. Colocá-la ao lado de nomes como Pelé, Guga Kuerten, Maria Esther Bueno, Ayrton Senna, Ronaldo, Ronaldinho, Joaquim Cruz, César Cielo, Robert Scheidt, Giba, Sheila, Adhemar Ferreira da Silva e Hortência é apenas obrigação.
Expressão do povo brasileiro
Mas poderíamos pensar no que significa o Laureus, a fundação que apoia o esporte no mundo e que busca reconhecer o talento esportivo em projetos sociais que incentivam a prática das mais diversas modalidades em todo o mundo com o objetivo de promover mudanças através dos jovens e que tem como patrono o icônico Nelson Mandela.
O prêmio desta segunda-feira coloca a ginasta brasileira na galeria de nomes como Michael Schumacher, Rafael Nadal, Novak Djokovic, Roger Federer, Usain Bolt, Messi e Serena Williams, que ao longo dos 25 anos da premiação foram agraciados com uma estatueta ao menos. Ela está no panteão dos maiores da história.
Mas o grande detalhe é que Rebeca Andrade é uma das mais puras expressões do povo brasileiro. De família humilde, como a maior parte da nossa população, ela carrega no sorriso o que é mais característico em nossa gente, a simpatia e a alegria de viver, mesmo na dificuldade.
E como bem disse em seu discurso de agradecimento, ela é "uma grande referência para as gerações que estão vindo e para pessoas em geral, de força, de mostrar que a gente pode alcançar os nossos objetivos, independentemente do lugar de onde a gente tenha vindo". Rebeca é o Brasil.