
Dona da única medalha brasileira no pentatlo moderno nos Jogos Olímpicos, o bronze em Londres 2012, Yane Marques não se cansa de fazer história. Após ser eleita a primeira mulher vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), a pernambucana também será a primeira mulher a chefiar uma missão brasileira em uma Olimpíada.
O anúncio foi feito pelo presidente Marco Laporta durante a cerimônia de celebração da posse da nova gestão, que foi realizada no Rio de Janeiro. O novo presidente do COB também chefiou a missão nos Jogos de Tóquio, disputados em 2021 por conta da pandemia de covid-19. Em Paris, o ex-judoca campeão olímpico e então diretor-geral do comitê, Rogério Sampaio, ocupou o cargo.
Mas para Yane quebrar mais essa barreira será apenas uma formalidade. A ex-atleta e agora dirigente se encaminha para ser uma das principais lideranças do esporte brasileiro. Aos 41 anos, a filha de dona Gorete, que estava presente na cerimônia de celebração, muito provavelmente vai trilhar um caminho que a levará ao cargo máximo no esporte brasileiro.
Se para o ciclo de Brisbane 2032 Laporta poderá seguir no cargo, o mesmo não será possível para os Jogos de 2036, que ainda não tem sede definida. Sendo assim, é muito provável arriscar que Yane presidirá o COB entre 2033 e 2036.
Um dos trunfos de Yane Marques é o carisma, que aliado a um grande entusiasmo e uma ótima comunicação a transformam em figura central na gestão que se iniciou em janeiro.
Desde que se aposentou, Yane buscou especialização em gestão esportiva e ocupou os cargos de vice-presidente e de presidente da Comissão de Atletas do COB, de secretária-executiva de Esportes de Recife e de secretaria executiva de Esportes Educacionais da Prefeitura de Recife. Assim, Yane Marques deverá escrever novos capítulos na história do esporte olímpico do Brasil.