
As filmagens do telefilme inspirado na enchente de 2024, produzido pela Okna com coprodução da TV Globo e RBS TV, foram concluídas. A produção, que ainda não teve o título divulgado e foi captada em Porto Alegre, está prevista para ser exibida nacionalmente no primeiro trimestre de 2026 e conta com Vitória Strada como protagonista, marcando o retorno da atriz gaúcha à dramaturgia após participação no BBB 25.
As gravações ocorreram de 7 a 25 de setembro em locações como a Ilha da Pintada e o bairro Sarandi, na zona norte de Porto Alegre, um dos mais atingidos pela inundação na Capital.
Roteiro
Após a enchente no Rio Grande do Sul, o cachorro Caju é separado de sua tutora, Nice (Liane Venturella). Um ano depois, Rafaela (Vitória Strada), que acolheu Caju como tutor temporário, descobre o paradeiro de Nice e organiza um reencontro.
Mas, ao conhecer Nice, Rafaela percebe que Caju se tornou mais do que um elo entre passado e presente — ele é parte fundamental da vida das duas. Em meio a lembranças, afetos e laços reconstruídos, Nice e Rafaela descobrem que o que fica não é só o cachorro, mas tudo o que ele despertou nelas.

Confira a entrevista com Vitória, que fala sobre o retorno à atuação, bastidores das filmagens do telefilme e, claro, BBB 25.
Como é voltar a atuar justamente aqui, no nosso Estado, e sobre um fato que marcou os gaúchos?
Eu comecei a minha carreira aqui no Sul, sou gaúcha, meu primeiro filme foi aqui, então voltar a atuar no Rio Grande do Sul é sempre uma bênção. Ainda mais com um assunto tão importante, que movimentou o país, o mundo. Mas eu sinto que muita gente não tem noção do que realmente foi a enchente, então acho importante que a gente traga essa história, com um olhar doce sobre as relações das pessoas que se encontraram na enchente, de relações que foram construídas em um momento tão difícil, como um pano de fundo dessa história tão séria. Eu estou muito feliz com esse projeto.
Um dos principais personagens do telefilme é Caju, um cachorrinho. Como foi a experiência de contracenar com ele?
É um fofo! Ele tem uns 20 nomes, na verdade, né? Eu chamo de Pingo no filme, a Nice, a personagem da Liane Ventura, chama de Caju, aí tem outra menininha que chama de Tupã. Então ele não está mais sabendo qual é o nome dele de verdade (risos). No filme, a minha personagem, Rafa, não foi das pessoas mais afetadas pela enchente, mas ajuda da forma que pode, que é adotando um cachorro. Aí, o Pingo entra na vida dela, em um momento difícil, não só por causa da enchente, mas profissionalmente. Ele meio que salva, resgata muita coisa.
Passaram alguns dias juntos, antes das filmagens, para se adaptarem ao convívio?
A gente não teve muito tempo. Foi tudo muito rápido, tanto de preparação, quanto da relação com ele, mas a gente conseguiu, sim: se encontrou um dia antes para treinar alguns movimentos. Ele é um cachorro dócil, querido, tudo muito tranquilo.
Rafaela representa os voluntários que se envolveram diretamente na causa animal durante a enchente. Isso te tocou?
Sim, eu acho que a enchente como um todo. Eu acompanhei de longe, mas tentando ajudar mesmo assim. Todo mundo foi tocado de alguma forma. A gente tem que proteger os animais, então acho que uma das coisas que a Rafaela faz durante o filme, quando encontra essa senhora, a Nice, é questionar por que ela o abandonou. Ela vai em busca dessas respostas. Depois, descobre que não, na verdade, ele tinha fugido antes, que não foi um abandono. É muito importante retratar isso, o quanto todas as vidas são importantes.
Na RBS TV, temos um quadro chamado Tchê Liga no BBB, em que acompanhamos os gaúchos que estão no reality show, ou seja, você esteve no nosso foco por quase três meses (Vitória foi a quarta colocada no programa). O que a experiência no BBB mudou em ti?
Mudou muita coisa. Foi uma experiência que me trouxe muito mais confiança, eu falei sobre isso no programa. Lá dentro, tratei muito essa autoconfiança e aprendi muita coisa que vou levar para a minha vida, na forma de agir, de me colocar em primeiro lugar em várias situações. Sem dúvida, é um momento em que você é obrigado a conviver com muitas pessoas, então aprendi muito sobre mim, sobre o outro também. Vou levar muitos ensinamentos dessa experiência.



