O bailado gaúcho encantou expectadores e músicos do Gipsy Kings by Diego Baliardo, que, liderados pelo violonista que integrou o formação original do grupo, realizaram mais uma turnê pelo Brasil. Na passagem da banda por Porto Alegre, em 12 de junho, no Auditório Araújo Vianna, a porto-alegrense Jaci Ferreira, 39 anos, roubou a cena.
Com o Gipsy Kings by Diego Baliardo, Jaci e outras duas integrantes do grupo de dança Alma Cigana, da Capital, encantaram o público com as envolventes coreografias nos shows de Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba.
A bailarina, que também é professora de ritmos latinos e apresentadora do programa Belle Dance, da Poa TV, tem mais de 20 anos de experiência com dança cigana; antes, Jaci se dedicava à dança do ventre, mas é fã de dança desde criança.
O convite
— Enviei (para a produção do show) um material bem recente em que estou dançado Un Amor (do primeiro disco de Gipsy Kings, de 1987), que é a música que marcou a minha história com a dança cigana, que fez com que eu me apaixonasse pelo gênero. O produtor aceitou o material e falou que eu poderia escolher três músicas para dançar — conta Jaci, que dá mais detalhes sobre o convite:
— Aí, além de Un Amor, escolhi dançar Bamboleo e Volare, que são bem conhecidas, até quem não conhece o Gipsy conhece as músicas. E com a permissão da produção, pude convidar outras bailarinas do Alma Cigana, que é esse grupo em que eu danço. Uma delas é a fundadora, Ana Bagesteiro, minha professora de dança cigana.
A apresentação
Com as coreografias ensaiadas e vivendo um sonho, afinal todas são fãs do Gipsy, Jaci e suas colegas chegaram ao Auditório Araújo e as expectativas positivas sobre a recepção e apresentação se confirmaram.
— Tudo foi um sonho desde o início, porque eles foram bem receptivos com a gente. Deram toda a atenção como contratadas mesmo. Então foi muito melhor do que imaginei e, na primeira música que dancei, Un Amor, senti que a galera se apaixonou, sabe? Eu consegui realmente entregar totalmente a minha dança — relembra a bailarina, que completa:
— Foi muito de corpo e alma e, ali, eu já estava realizada. Depois, dancei Bamboleo e Volare com as outras duas bailarinas. A gente conseguiu fazer uma entrega muito legal. Eu saí de lá com o sentimento, que talvez eu nunca tenha sentido antes, de que entreguei o melhor. Não teve falha alguma, isso foi muito gratificante.
Portas abertas
Depois do show de Porto Alegre, no dia seguinte, 13 de junho, Jaci recebeu o convite para dançar nas demais apresentações do Gipsy:
— O produtor disse que tinha sido maravilhoso e que, se fosse do meu interesse, seria do deles também. Todo mundo adorou. A Ana aceitou ir também e, uma hora após ter confirmado que iríamos, estávamos na estrada para Florianópolis. Foi sensacional. Depois, no domingo (dia 15), dançamos em Curitiba.
Animada com a repercussão dos shows, Jaci projeta mais ações para consolidar seu trabalho no cenário da dança e também mais visibilidade para a dança cigana.
— A gente trabalha para colher frutos, planta para colher, então eu quero aproveitar esse ganho do Gipsy e fortalecer mais ainda o meu trabalho. Algumas pessoas me procuraram, depois do show, para fazer aulas de dança cigana. Então o que pode mudar, daqui por diante, é realmente reacender a dança cigana em sala de aula e com mais apresentações. Que a dança cigana esteja mais presente daqui por diante — finaliza.