
O Zoológico de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana, completa nove dias — desde o dia 8 deste mês sem registrar mortes de aves. Em meio ao surto de gripe aviária, a ausência de óbitos aponta para a possibilidade do vírus não estar mais circulando entre os animais.
De acordo com Fernando Groff, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura do RS, por segurança, serão feitos testes em laboratório para comprovar se ainda há propagação de influenza H5N1.
— A tendência em vida livre é que isso vá entrando no equilíbrio, já que os animais que sobrevivem estão imunizados. Vamos coletar amostras, mas esperamos que cesse essa mortalidade — afirma Groff.
Desde o início do surto de gripe aviária, morreram 166 aves no zoológico. Das 11 espécies atingidas, os animais mais afetados foram os cisnes, concentrando aproximadamente 90% das mortes. No momento, o trabalho no parque se concentra na desinfecção e análise das áreas, assim como no monitoramento das aves.
Fechado há mais de um mês, desde a identificação do primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro, ainda não há previsão de reabertura do zoológico para visitação. Uma reunião deve ocorrer nesta semana com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) para discutir a retomada.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Zoológico de Sapucaia do Sul é o único foco ativo da doença no Rio Grande do Sul. Medidas de biossegurança permanecem em vigor: funcionários que acessam a área das aves utilizam roupas específicas e não interagem com outros animais, e todos os veículos que entram ou saem passam por desinfecção.
*Produção: Fernanda Axelrud