
Após o caso de gripe aviária detectado em uma granja comercial em Montenegro, no Vale do Caí, o Estado de Minas Gerais informou que descartou 450 toneladas de ovos férteis e demais materiais provenientes do município gaúcho. Segundo nota do governo mineiro, a medida veio após o rastreamento da carga, realizado pela Secretaria da Agricultura e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
O governo informa que a medida foi "preventiva" e "necessária" para manter o controle sanitário das granjas mineiras, "seguindo planos prévios para possíveis ocorrências do tipo, garantindo contenção e erradicação da doença e a manutenção da capacidade produtiva do setor".
Ainda conforme o comunicado, todas as ações fazem parte do Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), firmado entre União, Estados e setor produtivo em 2022, quando surgiu o primeiro foco da doença na América do Sul.
O governo de Minas Gerais explicou que ovos férteis são aqueles usados para fecundação e produção de aves, e não para consumo. "O rastreamento de ovos férteis produzidos nessa granja da cidade de Montenegro, Rio Grande do Sul, está sendo finalizado e, portanto, a necessidade de novos descartes de produtos em Minas Gerais ainda pode ocorrer nos próximos dias", informou.
Minas Gerais detém a segunda maior produção de ovos do Brasil e a quinta maior produção de galináceos.
Estado de emergência
O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou na sexta-feira (16) a detecção de um caso de influenza aviária em aves comerciais do Rio Grande do Sul. Trata-se do primeiro caso encontrado em granjas comerciais do Brasil. Em razão disso, foi decretado estado de emergência zoossanitária por 60 dias.
O governo alerta que não existe risco de transmissão da doença pelo consumo da carne ou de ovos, mas traz importante impacto financeiro para o Estado gaúcho.