
A prefeitura de Farroupilha decretou situação de emergência nesta quarta-feira (14) em função do temporal que causou estragos na agricultura no dia 31 de outubro. O prejuízo direto com as perdas nas lavouras é calculado em R$ 26 milhões. A administração municipal utilizou todo o prazo de 15 dias corridos para assinar o decreto.
Conforme o coordenador da Defesa Civil, Gilberto do Amarante, não há expectativa de que o município receba recursos estaduais ou federais, mas o objetivo - a exemplo de outros municípios da Serra que já assinaram decreto - é de disponibilizar um documento oficial aos agricultores atingidos para que eles possam renegociar dívidas com os bancos. Além do prejuízo direto, também é estimada uma queda de 20% a 30% na produtividade de pomares atingidos na safra seguinte.
Embora as localidades de Linha Ely e Linha Müller tenham sido bastante afetadas pelo temporal, a região onde houve mais estragos na agricultura foi a de Linha Jacinto.
— Em Linha Ely e Linha Müller, o maior problema foi o vento, que causou perdas ao derrubar parreiras, além de danificar a rede elétrica. Mas o maior prejuízo foi em Linha Jacinto, porque aquela região foi mais atingida pelo granizo — explica Amarante.
Na região da Serra, a Emater calculou um prejuízo total de R$ 345 milhões. O maior volume de perdas diretas em um município foi registrado em Flores da Cunha, com R$ 70 milhões de prejuízo. Um dos maiores impactos econômicos na região foi em Nova Pádua, onde o prejuízo de R$ 45 milhões superou a metade do PIB do município, de cerca de R$ 80 milhões. As perdas deverão se refletir em um maior preço da uva nesta safra.