Enquanto o trigo encolherá na safra de inverno no Rio Grande do Sul, a cevada ocupará uma área quase 15% maior – chegando a 40,5 mil hectares.
O percentual é o dobro da média registrada nos últimos anos, segundo a Emater.
O aumento é justificado pela liquidez e expectativa de boa produtividade.
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– Em ano de clima favorável, a cevada costuma ter rendimento de 5% a 10% superior ao trigo, preço de referência da cultura – exemplifica o gerente regional adjunto da Emater em Passo Fundo, Claudio Doro, acrescentando que mais de 90% da área já foi semeada.
O estímulo para o plantio do cereal vem também da garantia de venda, já que 100% da produção é comprada pela Ambev Passo Fundo. A fabricante de cerveja, que usa a cevada para produção de malte, fomenta as lavouras na região e garante a compra de toda a safra – até mesmo os grãos com qualidade insuficiente para ser transformados em malte.
A previsão da Ambev para a safra deste ano é de receber 150 mil toneladas de 2 mil produtores gaúchos parceiros que recebem assistência técnica da empresa.