
Alcançar a rastreabilidade é premissa para elevar o valor da carne produzida no Estado e atingir mercados externos. Sem escala habilitada para exportação, a produção gaúcha fica limitada ao mercado interno. Hoje, das 430 mil toneladas de carne produzidas o Estado exporta só 20 mil in natura.
- Não temos escala de animais rastreados para atender a União Europeia - reforça Ronei Lauxen, presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado (Sicadergs).
Além do diferencial de mercado, a rastreabilidade é um importante sistema de gestão da propriedade, avalia Júlio Barcellos, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
- O processo traz ganhos ao produtor, que vão do controle de estoque até o manejo dos animais. Mas é claro que isso não se faz da noite para o dia.
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No Estado, Dom Pedrito foi pioneira na rastreabilidade. Com 38 fazendas certificadas pelo Sisbov, a cidade é vista como exemplo a ser seguido:
- Não há outro caminho à carne gaúcha ocupar um nicho de mercado - diz o presidente do Sindicato Rural de Dom Pedrito, José Roberto Weber.
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