A comunidade de São Francisco de Paula começou a matar a saudade do cervo Chico nesta terça-feira (3), dia em que o animal voltou ao convívio da população local. O animal havia sido tirado da cidade por determinação da Divisão de Fauna da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
Um dos primeiros reencontros foi com a advogada Daniella Pinto, voluntária na ação judicial que garantiu que Chico retornasse ao município. Ele também brincou com Bernardo e Gabriel, netos de Jorge Marques, dono da propriedade de cerca de 130 hectares onde o cervo foi criado desde que foi encontrado no início deste ano.
Relembre o caso
Em janeiro deste ano, o cervo apareceu nas terras de Jorge Marques. Lá, foi criado junto aos demais animais e tornou-se uma atração da Rota das Barragens, interagindo com visitantes do local, que funciona como pousada e restaurante.
Depois que Chico criou vínculos com a população da cidade, a Divisão de Fauna da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) decidiu que o cervo deveria ser removido da localidade. A justificativa, divulgada em nota, foi de que a espécie poderia ameaçar outros animais da região.
"Por se tratar de um animal de espécie exótica em todo território nacional, que pode vir a ameaçar e colocar em risco as populações de animais silvestres nativos, o indivíduo foi destinado a cativeiro permanente em empreendimento autorizado pela Divisão de Fauna".
Chico, então, foi encaminhado para um parque de Gramado, onde chegou a ser tratado como atração turística na Aldeia do Papai Noel. No entanto, em 18 de novembro, o juiz Carlos Eduardo Lima Pinto, da comarca de São Francisco, determinou a volta de Chico, por entender como "medida mais condizente" para o bem-estar do animal o "retorno imediato ao local que habitava".